A Venezuela restringiu o acesso à água potável para cinco opositores que se encontram asilados na embaixada da Argentina em Caracas, sob a proteção do Brasil. Interlocutores diplomáticos confirmaram que o fornecimento de água, que era feito por caminhões-pipa, foi drasticamente reduzido, e os asilados estão sem água desde o último abastecimento, que ocorreu há dez dias. Atualmente, o tanque de água está vazio e eles dispõem apenas de algumas garrafas. O governo brasileiro está atento aos movimentos das forças de segurança do regime nas proximidades da embaixada.
Os opositores relatam que propriedades ao redor foram desocupadas, sugerindo um uso militar da área. “Eles tomaram à força as propriedades para instalar ali seus comandos militares; os asilados hoje são reféns em território argentino sob a proteção do Brasil”, disse María Corina Machado nesta quinta-feira (13), uma das líderes da oposição. Além disso, a energia elétrica da residência foi cortada, obrigando o uso de um gerador para suprir as necessidades. O regime também dificultou a entrega de medicamentos a um dos asilados, que só foram recebidos após negociações.
O Brasil tem solicitado a emissão de salvo-condutos para permitir que os asilados deixem o país, mas até o momento, Caracas não autorizou essa saída. Durante um encontro bilateral, o chanceler brasileiro Mauro Vieira reiterou essas solicitações. María Corina Machado pediu ao Brasil que tome medidas mais efetivas para assegurar o cumprimento das convenções internacionais, uma vez que os asilados políticos são protegidos pela Convenção de Asilo Diplomático de 1954.
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