A vitória contestada de Nicolás Maduro nas urnas deixou a Venezuela mais perto de um “banho de sangue” – exatamente como previu o ditador, se ele perdesse a eleição.
Em dois dias de protestos contra os resultados da votação, 16 pessoas morreram, mais de 100 ficaram feridas e 750 foram presas.
De acordo com Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, das 16 mortes, pelo menos cinco foram registradas em Caracas, incluindo dois menores de idade.
O procurador-geral da Venezuela, o chavista Tarek William Saab, afirmou que os manifestantes presos poderão responder por “atos de terrorismo e instigação do ódio”.
A ditadura foi rápida em culpar a oposição pelo “banho de sangue”. “Considero Urrutia responsável pela violência criminosa, pelos feridos, pelos mortos, pela destruição.
O senhor será diretamente responsável, assim como a senhora Machado. A justiça vai chegar”.
Disse Maduro, em referência aos dois maiores nomes da oposição nesta eleição: Edmundo González Urrutia e María Corina Machado.
As declarações de Maduro foram a senha para que seus apaniguados colocassem mais lenha na fogueira. Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional,.
Controlada pelo chavismo, pediu ao Ministério Público que prenda María Corina e Urrutia. Em alguns casos, o regime foi além das ameaças e de fato colocou dissidentes atrás das grades.
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