O número de mortos nas últimas explosões de walkie-talkies no Líbano aumentou nesta quinta-feira (19) para 25, enquanto o total de feridos subiu para cerca de 600, deixando um total de 37 mortos nas duas séries de explosões de dispositivos de comunicação que pertenciam a membros do Hezbollah nos últimos dois dias, segundo anunciou o Ministério da Saúde Pública líbanês. O chefe do departamento governamental, Firas Abiad, explicou em coletiva de imprensa que as detonações ocorridas ontem foram de maior intensidade e tiveram maior “impacto nas vítimas”, deixando 25 mortos e 608 feridos, dos quais 61 permanecem em unidades de terapia intensiva.
Ontem à tarde, vários walkie-talkies explodiram em cadeia em diferentes partes do Líbano, depois de uma primeira onda de detonações simultâneas na terça-feira ter afetado milhares de pagers de membros do grupo xiita libanês. Em relação à primeira onda, Abiad esclareceu que o número de feridos foi de 2.323 e não cerca de 2.800 como inicialmente relatado, uma vez que as autoridades contaram duas vezes algumas das vítimas depois de terem sido transferidas para outros hospitais. Destes, 824 foram atendidos em serviços de urgência e os demais necessitaram de internação em diferentes centros do país, onde cerca de 1.343 ainda permanecem com ferimentos graves ou moderados, acrescentou o ministro.
O responsável pela Saúde Pública do Líbano esclareceu que o número de mortos de terça-feira permanece inalterado, em 12, fazendo com que o saldo das duas ondas de explosões seja de 37 mortos e pouco mais de 2.900 feridos. “Isto é considerado um crime de guerra, porque os mártires morreram em áreas civis, não em frentes de guerra”, denunciou Abiad, salientando que o governo libanês pagará pelo tratamento de todas as vítimas. Estas explosões sem precedentes foram atribuídas a Israel e o Hezbollah já avisou que irá retaliar o Estado judeu, por se tratar do incidente com mais vítimas desde o início dos confrontos fronteiriços entre as partes, há quase um ano.
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