Na última sexta-feira (13), a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) decidiu afastar o professor Alysson Leandro Barbate Mascaro por um período de 60 dias, em meio a investigações sobre alegações de assédio sexual. A medida foi formalizada em uma portaria assinada pelo diretor da instituição, Celso Fernandes Campilongo, que destacou a existência de “fortes indícios de materialidade dos fatos” relacionados ao caso.
As acusações contra Mascaro foram levantadas pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, que relatou supostos abusos envolvendo dez alunos entre os anos de 2006 e 2024. O afastamento do professor visa assegurar que as investigações possam prosseguir sem interferências, garantindo a integridade do processo. A defesa do professor refuta as alegações e afirma que está aguardando o resultado da investigação para que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Os advogados de Mascaro sustentam que as acusações são infundadas e que perfis falsos nas redes sociais, especialmente no Instagram, estão sendo utilizados para disseminar informações caluniosas sobre ele. Um boletim de ocorrência já foi registrado em relação a esses perfis.
O texto revela que “os atos eram cometidos em virtude da relação de poder, influência e autoridade que o cargo concede(ia) ao investigado, o que culmina em potencial prejuízo na colheita de provas que majoritariamente envolve seus antigos e atuais alunos”. Durante o período de afastamento, Mascaro está proibido de participar de aulas, reuniões e de ter qualquer tipo de contato com os alunos que o denunciaram, bem como com as testemunhas do caso. O professor, que é associado tanto na graduação quanto na pós-graduação da Faculdade de Direito da USP, é também um autor reconhecido de várias obras na área jurídica.
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