Olaf Scholz, o atual chanceler da Alemanha, se prepara para um voto de confiança no Parlamento nesta segunda-feira (16). O objetivo desse movimento é iniciar o processo que pode levar a uma eleição antecipada, agendada para 23 de fevereiro de 2025. Scholz, que é membro do Partido Social-Democrata (SPD), enfrenta uma situação delicada, com apenas 26% da população expressando confiança em sua liderança, enquanto 63% demonstram descontentamento com seu governo.
As pesquisas de opinião mostram que Friedrich Merz, do partido CDU, lidera com 31% das intenções de voto, enquanto o SPD de Scholz amarga apenas 17%. Merz, um crítico contundente de Scholz, se posiciona firmemente em questões que ressoam com o eleitorado, como imigração e a situação da guerra na Ucrânia. A CDU está em busca de conquistar eleitores que se inclinam para a direita, e um esboço de seu programa sugere medidas rigorosas em relação à imigração e cortes em benefícios sociais.
A situação econômica da Alemanha também é preocupante, com o Banco Central do país prevendo que o número de desempregados pode ultrapassar 3 milhões em 2025. A montadora Volkswagen, por sua vez, já anunciou cortes de empregos, refletindo um cenário de desindustrialização que afeta a economia. Embora Scholz tenha prometido revitalizar subsídios para a eletrificação na Europa, suas propostas para enfrentar os desafios atuais ainda não são claras. Caso Scholz não consiga obter a confiança do Parlamento, isso poderá acelerar o processo eleitoral, onde o partido que conquistar mais cadeiras terá a responsabilidade de indicar o novo primeiro-ministro. Embora uma coalizão entre a CDU e o SPD seja uma possibilidade, Scholz já deixou claro que não aceitaria um cargo de vice-ministro, o que complica ainda mais a situação política no país.
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