Um dia após um ataque sem precedentes envolvendo pagers-bomba do Hezbollah, o Líbano enfrentou novas explosões em várias cidades, resultando em pelo menos 14 mortes e cerca de 450 feridos, conforme informações do Ministério da Saúde local. Israel, embora não tenha assumido a responsabilidade pelos incidentes, sinalizou que uma nova fase do conflito, que teve início após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, está se aproximando. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que as operações militares estão se deslocando para o norte do Líbano. O Hezbollah responsabilizou Israel pelos ataques, uma acusação que também foi feita pelo governo libanês, mas que não recebeu confirmação por parte de Tel Aviv. Essa troca de acusações intensifica a tensão na região.
As explosões foram registradas em cidades como Beirute, Nabatieh, Tiro e Sidon, e estão ligadas a explosivos que foram instalados em aproximadamente 3.000 pagers adquiridos pelo Hezbollah. Esses dispositivos, que permitiam comunicação sem revelar a localização dos militantes, agora se tornaram instrumentos de um novo tipo de ataque, aumentando a insegurança na área. A escalada de violência ocorre em um contexto em que o Hezbollah tem intensificado suas ações contra Israel desde o início do conflito em Gaza. Tanto o grupo libanês quanto o Irã expressam preocupações sobre a possibilidade de um conflito regional mais amplo, especialmente com a presença militar dos Estados Unidos na área e as manobras do governo de Netanyahu, que busca apoio entre os setores mais conservadores da sociedade israelense.
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