O Ministério Público de São Paulo instaurou na sexta-feira (13) um inquérito para apurar as circunstâncias do desabamento no canteiro de obras da futura estação Bela Vista, da Linha 6 – Laranja do Metrô. O acidente ocorreu no início da tarde da quinta-feira (12) e abriu uma cratera no local. Não houve vítimas. Segundo nota divulgada pelo MP, o procedimento vai levantar causas, responsáveis e eventual omissão na fiscalização do empreendimento. A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital quer saber quais providências já foram adotadas pela concessionária Linha Uni e qual construtora estava à frente das obras. Ainda no âmbito do inquérito, a Promotoria deu o prazo de dez dias para que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) envie cópia do contrato da Parceria Público-Privada celebrada para a construção da Linha 6 – Laranja e de todos os relatórios de fiscalização, além de informações sobre medidas voltadas a encontrar as razões do incidente e sobre eventuais medidas administrativas adotadas em relação à concessionária.
Solapamento do solo ocorreu por conta da passagem do tatuzão, nome dado à máquina tuneladora usada para perfurar túneis. A LinhaUni, concessionária responsável pela obra, não informou quando que o buraco deverá ser fechado. A futura Linha 6-Laranja do Metrô tem 15 estações previstas, entre a Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (região central). O governo prevê a entrega da primeira etapa em outubro de 2027, mas, como as obras tiveram atraso de mais mil dias, a conclusão pode ficar para 2028. O cálculo do atraso é contado a partir de 2025, prazo dado para a entrega ainda pela gestão João Doria (então no PSDB), em 2020. A Linha 6 ganhou o apelido de “Linha das Universidades”. Pelo trajeto original, ela vai passar perto de ao menos sete instituições de ensino: Centro Universitário São Camilo, PUC-SP, FMU, FAAP, Mackenzie, Unip e Uninove.
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