O número de brasileiros que acreditam que não vão utilizar dinheiro em espécie nos próximos anos aumentou. A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada pelo Banco Central, apontou que 53,4% das pessoas não se veem usando essa forma de pagamento daqui a cinco anos. Em 2021, 39,6% dos entrevistados pensavam assim.
O levantamento ouviu 1.000 pessoas e 1.000 estabelecimentos comerciais, tem nível de confiança de 95%, margem de erro de 3,1% e foi conduzida entre 28 de maio e 1º de julho deste ano.
Segundo o relatório, 31,6% dos brasileiros acham que vão continuar pagando com dinheiro, mas com menor frequência, enquanto 8,7% afirmaram que a frequência deve ser a mesma da atual. Apenas 3,4% disseram que devem usar as cédulas com ainda mais frequência daqui a cinco anos.
O estudo mostra que o dinheiro em espécie ainda se faz presente na vida dos brasileiros em 2024. Ao todo, 67,6% das mulheres e 70,5% dos homens utilizam as cédulas como forma de pagamento.
Entre a população de baixa renda, o uso do dinheiro ainda é maior. Segundo o BC, 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos.
69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos, utilizam essa forma de pagamento.
Quando a renda aumenta um pouco, o uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente: 59,4% das pessoas que ganham entre cinco e dez salários mínimos, e 58,3% das que recebem mais de 10 salários mínimos, utilizam notas e/ou moedas.
O uso do dinheiro físico também é maior entre os idosos. De acordo com o levantamento, 72,7% das pessoas que têm 60 anos ou mais o utilizam. Esse percentual cai para 68,6% entre aqueles que têm entre 16 e 24 anos.
R7
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