O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início, por volta das 15h desta sexta-feira, a reunião com diversos ministros para discutir o pacote de corte de gastos prometido pela equipe econômica.
Os encontros vêm ocorrendo há dias no Palácio do Planalto. Mas, até agora, não houve uma definição. A indefinição deixa um clima de tensão entre os ministros que podem ter suas pastas afetadas e também no mercado financeiro. A Bolsa de São Paulo, a B3, fechou em queda ontem, destoando da alta dos mercados no mundo.
Participam da reunião desta sexta:
- Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin;
- Ministro da Casa Civil, Rui Costa;
- Ministro da Fazenda, Fernando Haddad;
- Ministro da Educação, Camilo Santana;
- Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho;
- Ministra da Saúde, Nísia Trindade;
- Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet;
- Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck;
- Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta;
- Advogado-Geral da União, Jorge Messias;
- Secretária-Executiva da Casa Civil, Miriam Belchior;
- Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan;
- Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello;
- Secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti
Ontem Lula se reuniu com ministros por mais de cinco horas em duas sessões, com uma pausa para o almoço.
Mudanças no seguro-desemprego e abono salarial (o abono PIS/Pasep) e em programas sociais viraram motivo de embate entre ministros nas reuniões sobre corte de gastos que ocorrem ao longo desta semana no Palácio do Planalto.
Depois da queixa sobre não ter sido chamado para discutir alterações em direitos trabalhistas e ameaçar pedir demissão do cargo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi convocado ao Planalto para tratar do assunto junto a integrantes da Junta de Execução Orçamentária (JEO) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta semana.
Durante o encontro que durou cerca de duas horas, na terça-feira, Marinho teria sido duro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segundo interlocutores. Após o encontro, o titular da pasta do Trabalho disse que não havia decisão tomada e os técnicos continuavam a fazer contas.
A ideia é que Fernando Haddad apresente os planos ao menos aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), antes de divulgá-los.
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