A inflação oficial de preços ganhou força e subiu 0,56% em outubro, ante alta de 0,44% em setembro, segundo dados apresentados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As projeções sinalizavam para alta de 0,53% do índice.
Diante da aceleração, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 4,76% nos últimos 12 meses, desempenho acima do limite da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano.
Como foi o IPCA
Variação de preços ganha ritmo pelo segundo mês seguido. A alta de 0,56% apurada pelo IBGE é a segunda maior deste ano, atrás apenas do avanço de 0,83% registrado em fevereiro.
Na análise apenas dos meses de outubro, o resultado é o maior desde 2022 (0,59%). No ano passado, a alta foi de 0,24%.
Inflação em 12 meses é a mais alta desde outubro de 2023. Com as duas acelerações após a leve deflação de 0,02% registrada em agosto, a inflação oficial acumula alta de 4,76% entre novembro de 2023 e outubro de 2024. Somente neste ano, a variação dos preços alcança 3,88%.
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IPCA volta a apresentar variação acima do teto da meta. Com os resultados recentes, a inflação do Brasil aparece acima da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual da alta de 3% idealizada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2024. As bandas que o IPCA oscile entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Mercado financeiro prevê furo do limite da meta neste ano. As últimas projeções apresentadas pelo Relatório Focus, do BC (Banco Central), estimam que o IPCA deve fechar 2024 em 4,59%. Conforme as expectativas, o resultado será motivado por altas de 0,2% do índice em novembro e de 0,55%, em dezembro.
Conta de luz foi novamente a vilã do bolso dos brasileiros. O preço das tarifas de energia elétrica residencial saltaram 4,74% no mês passado, com a adoção da bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kw/h consumidos. Em setembro, a cobrança adicional foi referente a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kw/h.
Inflação subiu em todos os locais pesquisados pelo IBGE em outubro. A maior variação, de 0,8%, foi apurada em Goiânia (GO), puxada pelas altas do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Por outro lado, a menor variação, de 0,09%, foi observada em Aracaju (SE). Cidade com maior peso para o índice, São Paulo (SP) registrou alta de 0,67% dos preços.
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