O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a investigação que envolve o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. Mendes justificou sua decisão com base na necessidade de um foro especial, em meio a uma nova discussão sobre o assunto na corte. A investigação, que está sob sigilo, será analisada pelo plenário virtual da Segunda Turma do STF. Perillo é alvo de um mandado de busca e apreensão, resultado de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. As apurações se concentram em possíveis desvios de recursos destinados à saúde pública, ocorridos entre os anos de 2012 e 2018, durante sua gestão como governador.
As investigações revelaram que a ONG encarregada da administração de hospitais estaduais pode ter adotado práticas irregulares. Segundo a CGU, essas práticas teriam permitido pagamentos sem a devida medição, o que resultou em um desperdício significativo de recursos públicos. “Considerando a iminência de imaginável constrangimento ilegal com a conclusão das investigações, conforme determinado na parte final do ato reclamado, e a possível apresentação de eventual denúncia por órgão oficiante indevido e perante Juízo incompetente, entendo ser o caso de conceder a medida cautelar postulada”, disse Mendes na decisão.
Em resposta às acusações, Marconi Perillo se declarou inocente e alegou ser alvo de uma conspiração. Ele criticou a utilização do aparato estatal para persegui-lo, afirmando que as investigações são injustas e motivadas por interesses políticos.
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