O Irã reiterou nesta segunda-feira (5) que “é necessário castigar Israel” após o assassinato do líder político do movimento islâmico palestino Hamas, Ismail Haniyeh, mas afirmou que Teerã não é responsável pela escalada na região do Oriente Médio.
“O Irã atua no marco da Carta das Nações Unidas e do direito internacional e toma medidas sérias para proteger sua segurança nacional com o objetivo de castigar o agressor, criar dissuasão e defender sua segurança”.
Declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em sua coletiva de imprensa semanal.
Ssegundo informou a agência de notícias local “IRNA”.
Fazendo alusão ao assassinato de Haniyeh em um ataque com foguetes de curto alcance contra sua residência em Teerã, Kanani disse que Israel “é a fonte da escalada” no Oriente Médio.
“O terrorismo é a essência do regime sionista (Israel) e a sobrevivência deste regime depende da continuação do terrorismo organizado e de Estado”, declarou.
Com estas palavras, Kanani culpou mais uma vez Israel pelo assassinato de Haniyeh, ao que garantiu que seu país responderá “com decisão e firmeza”.
“A experiência tem demonstrado que o regime sionista não é apenas uma ameaça para a Palestina, mas também um perigo real para a estabilidade e segurança de todos os países da região”.
Ressaltou o diplomata iraniano, acrescentando que criar dissuasão contra Israel “é uma responsabilidade coletiva”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano lembrou que Israel “respondeu negativamente a todos os esforços regionais e extra-regionais para a estabilidade” no Oriente Médio.
“Buscamos estabelecer a estabilidade na região e esta questão é criada castigando o agressor e criando dissuasão contra as ações aventureiras do regime sionista usurpador”.
Enfatizou Israel afirma estar preparado para um possível ataque iraniano, enquanto os Estados Unidos reforçaram sua presença militar na região.
O Irã já lançou um ataque direto e sem precedentes contra o território israelense em meados de abril, em retaliação ao bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia 1º daquele mês, que provocou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, entre eles dois generais.
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