A seca continua sendo um dos maiores desafios ambientais do Brasil. Dados recentes do Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), indicam que, apesar de uma redução da severidade em 14 estados entre novembro e dezembro de 2024, 92% do território nacional ainda enfrenta algum nível de estiagem. A melhora foi registrada em estados como Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. No entanto, a situação se agravou em oito estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. O Norte do país segue sendo a região mais afetada, com secas de intensidade excepcional – o grau mais severo da escala de monitoramento.
O impacto dessa crise hídrica é amplo. No campo, a agricultura e a pecuária sofrem com a falta de chuvas regulares, comprometendo colheitas e elevando o preço dos alimentos. Nas cidades, reservatórios operam em níveis críticos, aumentando o risco de racionamento de água e energia. Especialistas alertam que, sem medidas eficazes, a tendência é de agravamento nos próximos meses, especialmente no Centro-Norte do país.
Diante desse cenário, soluções como a ampliação da infraestrutura hídrica, políticas de conservação e uso racional da água tornam-se urgentes. A seca é um fenômeno recorrente, mas seus efeitos podem ser mitigados com planejamento e ações coordenadas. A segurança hídrica do Brasil depende do compromisso coletivo entre governos, empresas e sociedade.
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