Roberto Campos Neto, que ocupa a presidência do Banco Central, manifestou sua expectativa de que o governo de Lula implementará cortes nos gastos públicos para cumprir as metas fiscais nos próximos anos. Em uma palestra recente, ele destacou que essa redução nos gastos já está sendo considerada nas projeções do Banco Central. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi enfatizado que a diminuição das despesas pode contribuir de forma positiva para o controle da inflação. Campos Neto expressou sua preocupação com a possibilidade de desancoragem das expectativas inflacionárias e avaliou que a precificação dos juros futuros está excessiva, com taxas de 12,25% ao ano previstas para janeiro de 2026 e 12,36% para um período de dez anos.
Além disso, o presidente do Banco Central abordou a incerteza que novos programas e gastos do governo podem gerar, impactando as expectativas do mercado. Ele lembrou que historicamente, uma melhora nas contas públicas está associada a cortes nas taxas de juros, o que pode ser um caminho a ser seguido. Em resposta à deterioração da inflação, o Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, elevando-a para 10,75% ao ano. Essa medida reflete a preocupação da instituição com a estabilidade econômica e a necessidade de ajustar a política monetária diante do cenário atual.
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