O brasileiro que quiser comer picanha na virada deste ano pagará mais caro no corte da carne na comparação com o réveillon anterior. O preço médio para 1 kg de corte estava a R$ 77,44 em novembro, dado mais recente disponível. É R$ 9,77 mais caro que o valor no fim de 2023 (R$ 67,67).
Os dados ajudam a construir uma percepção negativa sobre a economia, que sente o peso das carnes no bolso. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma preocupação especial com o custo dos alimentos, por causa do caráter social da gestão petista.
O levantamento foi enviado com exclusividade ao Poder360 pelo Instituto de Economia Agrícola do Governo de São Paulo com base no custo da carne no Estado.
Os números mostram que um grupo de amigos com planos para comprar 4 kg de picanha no Ano Novo deve gastar em torno de R$ 310. O desembolso 11 meses antes seria de R$ 271. Ou seja, essas pessoas teriam que pagar R$ 39 a mais pelo mesmo corte.
Pelos valores nominais (desconsiderando a inflação), o preço do kg da proteína aumentou R$ 39 em 10 anos. Leia o histórico no infográfico abaixo:
Mesmo em valores reais (corrigidos pela inflação), os resultados não são tão otimistas. O preço médio da picanha em 2024 só não é superior aos valores de 2021 (R$ 85,9) e 2022 (R$ 81,1), ao levar em conta os últimos 18 anos.
PROMESSA DE LULA
Uma das promessas mais lembradas de Lula nas eleições diz respeito justamente ao preço da picanha. Ele havia dito que o Brasil teria o corte mais barato.
“Esse país tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego. O povo, eu digo sempre, o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, declarou em entrevista ao Jornal Nacional em 2022.
Poder 360
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