A OEA (Organização dos Estados Americanos) emitiu uma nota neste domingo (8) defendendo que Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), o principal candidato opositor do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), tome posse da Presidência da Venezuela em 10 de janeiro, quando o vencedor do pleito deste ano assumirá o novo mandato de 6 anos.
A organização afirma em comunicado que “continuará trabalhando” para que o “verdadeiro vencedor” das eleições de 28 de julho assuma o cargo. O posicionamento da OEA se dá depois de González deixar o país bolivariano e se exilar na Espanha.
“Neste processo eleitoral que não terminou, continuaremos trabalhando para que o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho assuma a Presidência da República Bolivariana da Venezuela em janeiro do próximo ano. Os objetivos que perseguimos em defesa da democracia e dos direitos humanos devem continuar e os nossos esforços devem ser tanto maiores quanto piores as circunstâncias se tornam”, afirma o comunicado.
A saída de González de Caracas se dá depois de a Justiça da Venezuela, controlada por Maduro, ter mandado prender o opositor em 2 de setembro. O diplomata, que afirma estar sendo perseguido pelo regime chavista, é acusado de descumprir 3 intimações do Ministério Público do país para esclarecer a divulgação das atas eleitorais do pleito de 28 de julho de 2024, embora os documentos sejam públicos em países democráticos e com eleições livres.
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Em 5 de agosto, González se autodeclarou o vencedor do pleito, sendo apoiado pela OEA, que diz “não haver dúvidas” da vitória do opositor de Maduro.
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