O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela TV Gazeta e pelo portal MyNews neste domingo (1º) foi marcado por confusão, acusações sobre envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e invasões de propriedades.
Participaram do encontro o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).
No primeiro bloco, Marçal começou preguntando para Boulos sobre o evento em que ele esteve junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o hino nacional foi cantado em linguagem neutra. Chamando o candidato de “Boules”, também questionou se ele já havia usado drogas.
Boulos, por sua vez, disse que Marçal era “um bandido condenado” e não falou sobre o caso. “Eu não converso com criminoso, e por isso eu não vou falar com você”, citou.
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Em sua réplica, Marçal disse que o candidato do PSOL institucionalizou a “rachadinha” no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, no caso de André Janones (Avante-MG). “Ele gosta de me chamar de bandido, gosta de falar que eu sou isso e aquilo, só que ele não responde nenhuma pergunta”, prosseguiu.
Nunes pergunta para Marçal sobre PCC
Em sua vez, Nunes escolheu Marçal, e perguntou sobre sua participação, condenação e prisão por crimes de furto qualificado em Goiás em 2005 e sobre sua ligação com o PCC.
“Como você pensa em lidar com a questão da segurança pública com um histórico tão complicado?”, questionou Nunes, que se referiu a Marçal como “Pablito”.
Datena ataca Nunes e Marçal
O candidato do PSDB, Datena, havia sido questionado por Boulos sobre saúde, mas usou seu tempo para falar de Nunes e Marçal.
“O que mais preocupa é a saúde de São Paulo em outro sentido. É a saúde em termos policiais mesmo, em termos de um sujeito condenado, um bandidinho virtual de internet, como esse Pablo Marçal, que desvirtuou os debates”, disse Datena.
Datena diz que Marçal deveria ficar sem internet
No segundo bloco, durante as perguntas dos jornalistas, Marçal escolheu Datena para comentar sua resposta, se referindo a ele como “fujão”, pelo tucano não ter comparecido ao último debate, da revista Veja, em 19 de agosto.
Em seu comentário, o apresentador chamou o candidato do PRTB de fujão por ele ter “fugido da polícia”. “Você foi bandido, o crime prescreveu, mas você anda de braços dados com o PCC”, declarou.
Apoio de Bolsonaro
O atual prefeito foi questionado sobre o apoio de Bolsonaro a sua candidatura e sobre a dualidade, após o ex-presidente ter convidado tanto ele quanto Marçal para estarem no ato de 7 de Setembro, na Avenida Paulista.
Nunes disse que a contribuição que o ex-chefe do Executivo fez para sua campanha era ter indicado o vice em sua chapa, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL).
“O presidente Jair Bolsonaro já disse que nos apoia, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com relação à manifestação, é uma manifestação aberta e obviamente todo mundo está livre para poder participar”, explicou.
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